Foto: Acervo CASAN
Muita gente não sabe, mas o filtro de barro, aquele que lembra a infância na casa dos avós, é uma invenção brasileira e, apesar de ter sido criado há mais de um século, ainda hoje é considerado um dos melhores sistemas para a filtração de água no mundo.
Esse tipo de filtração também é similar aos modelos criados para a filtração do líquido nas Estações de Tratamento de Água (ETAs). O filtro de areia é hoje o tipo mais comum utilizado nestas estruturas, apesar de existirem ainda filtros de carvão ativado, membranas, entre outros, para que o líquido bruto seja purificado e transformado em água potável.
Bruno Kossatz, engenheiro sanitarista e ambiental e chefe da Divisão de Políticas Operacionais de Água da CASAN, explica que o filtro de barro purifica a água através de uma cerâmica porosa, onde a água passa pelo recipiente e, como os poros são muito pequenos, ele consegue reter bactérias, vírus, impurezas, sólidos, a sujeira da água.
“O filtro de areia que usamos nas estações de tratamento de água, no entanto, tem uma permeabilidade muito maior do que a da cerâmica do filtro de barro. Para isso a gente compensa na altura. Desta forma, nas estações de tratamento, é implantado um filtro entre 30 e 80 centímetros de camada de areia, ou até maior dependendo do filtro. Alguns chegam a medir um metro, um metro e meio. Assim, é possível garantir a remoção de partículas sólidas”, explica Kossatz.
Ele ressalta que o filtro é utilizado em todas as estações de tratamento, o que muda são as suas características: alguns são mais espessos, outros utilizam areia, carvão ou ainda membranas de osmose ou de ultrafiltração, mas o processo em si, que é a remoção física por meio de barreiras, como a areia ou a cerâmica de barro, permite a remoção destas impurezas.
Filtros contra turbidez em Rio do Sul
Para manter a regularidade e a qualidade da produção de água em Rio do Sul, município que enfrenta problema recorrente de alta turbidez do Rio Itajaí do Sul em dias de intensa pluviometria, a CASAN instala quatro novas unidades de filtração na ETA do município. O investimento é de aproximadamente R$ 2 milhões.
Segundo a empresa, na região do Alto Vale, chuvas torrenciais prejudicam o fornecimento de água tratada para o sistema integrado que atende Rio do Sul, Laurentino, Lontras, Agronômica, Aurora e a localidade de Serra São Miguel, em Ibirama.
A obra é executada ao mesmo tempo em que a CASAN trabalha com o projeto de construção de uma nova estação de tratamento de água de grande porte, em Rio do Sul. Com os filtros e com a nova ETA em operação, a cidade será beneficiada com uma maior constância no tratamento e abastecimento, além da melhoria na qualidade da água.
Por Assessoria de Comunicação Social CASAN
Fonte: Agência Catarinense de Notícias