Qualidade da água:  Água bruta, água tratada e água potável

Qualidade da água:  Água bruta, água tratada e água potável QUALIDADE DA ÁGUA:  Os sistemas de abastecimento de água devem ser projetados, construídos e operados de forma a fornecerem aos consumidores água em quantidade e qualidade compatíveis com suas necessidades, ao longo de certo tempo comumente denominado alcance do plano. Esse alcance é variável, sendo definido […]

Qualidade da água:  Água bruta, água tratada e água potável

QUALIDADE DA ÁGUA:  Os sistemas de abastecimento de água devem ser projetados, construídos e operados de forma a fornecerem aos consumidores água em quantidade e qualidade compatíveis com suas necessidades, ao longo de certo tempo comumente denominado alcance do plano.

Esse alcance é variável, sendo definido através de estudos técnico-econômico-comparativos.

Para o abastecimento de outros tipos de consumidores(indústrias, projetos de irrigação, acampamentos provisórios) o alcance do plano deve ser examinado caso por caso, uma vez que depende dos interesses do contratante(que poderá ser uma ou mais empresas da iniciativa privada ou órgão estatal, etc.).

A água de abastecimento deverá estar disponível em quantidade e qualidade compatíveis com as necessidades do consumidor.

Neste capítulo, abordar-se-á o aspecto qualidade da água, no que se refere ao abastecimento das populações, uma vez que a quantidade demandada para outros fins é muito variável, devendo cada caso ser analisado cuidadosamente.

Água bruta, água tratada e água potável

ÁGUA BRUTA é a água da forma como é encontrada no ambiente

O termo bruta designa apenas que ela não foi trabalhada pelo homem, não significando que ela não se preste para consumo.

É claro que, na maioria dos casos, ela é imprópria para esse fim, por haver estado exposta aos elementos e, portanto, à poluição.
Entretanto, mananciais de águas de superfície que se mantenham convenientemente protegidos (e, portanto, a salvo da poluição) podem conter águas adequadas ao consumo sem tratamento prévio.

Dois fatores fundamentais contribuem para que a água de superfície torne-se imprópria para consumo:

  • A água é denominada por alguns de solvente universal. Isto porque ela é capaz de dissolver praticamente tudo com o que entra em contato, sejam sólidos (e.g.: rochas, partículas radioativas), líquidos (e.g.: biocidas, detergentes) e gases (e.g.: emissões gasosas industriais e de veículos).
  • O fato da água encontrar-se à superfície do solo e, portanto, exposta a diversas fontes poluidoras.

 ÁGUA TRATADA é a água que tenha sido submetida a algum tipo de tratamento, buscando torná-la adequada para o consumo.

Água tratada não é, necessariamente, sinônimo de água potável (embora frequentemente o termo seja utilizado com essa finalidade).

Assim, por exemplo, para muitas finalidades industriais, basta remover da água parte dos sólidos que ela traz em suspensão consigo. Isto não basta para assegurar a potabilidade da água.

Da mesma forma, a água potável pode não se apresentar suficientemente tratada para algumas finalidades industriais, que exigem tratamento complementar, com vistas a torná-la praticamente pura.

ÁGUA POTÁVEL – Entende-se por água potável aquela que pode ser bebida sem causar danos à saúde ou objeções de caráter organoléptico. Por extensão, aquela que pode ser empregada no preparo de alimentos (BRANCO e ROCHA, 1977).[/box]

Água potável não é água pura, quimicamente falando. Na realidade, a água potável é uma solução de uma infinidade de substâncias, algumas das quais a água trouxe consigo do ambiente, enquanto que outras lhe são introduzidas ao longo dos processos de tratamento.

Os limites em que essas substâncias podem estar presentes na água potável são estabelecidos pelo padrão de potabilidade.

Da definição anterior, resulta que não basta que a água esteja isenta de substâncias ou microrganismos patogênicos para ser considerada potável. É também necessário que ela não traga consigo substâncias capazes de adicionar-lhe cor, turbidez ou gosto desagradáveis, ainda que essas substâncias sejam inofensivas ao organismo humano.

Cabe salientar que, em muitos casos, à sujeira da água costumam estar associadas substâncias e microrganismos patogênicos (embora não seja regra geral).

Além disso, os componentes dessa sujeira costumam atuar como barreiras protetoras para os agentes desinfetantes comumente utilizados no tratamento da água.

É importante ter em mente, por outro lado, que águas limpas nem sempre estão isentas de contaminantes químicos e/ou biológicos.

No Brasil, o padrão de potabilidade é estabelecido pela Portaria de Consolidação nº 5, do Ministério da Saúde.

Para comodidade do leitor, ela é reproduzida no Anexo 15 do Livro Hidráulica Aplicada às Estações de Tratamento de Água

O leitor verificará que essa Portaria não estabelece apenas os valores máximos permissíveis para os diversos parâmetros ali relacionados, mas também a frequência mínima com que eles deverão ser verificados nas águas de abastecimento público.

Esse texto refere-se ao capítulo 3 do livro: HIDRÁULICA APLICADA ÀS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA
Autor: Marcos Rocha Vianna

Quando o autor iniciou seus estudos na área do tratamento da água (durante o curso de Mestrado em Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos – USP), sentiu que, entre a hidráulica aprendida no curso de graduação em Engenharia Civil (UFMG) e a hidráulica aplicada necessária ao estudo do tratamento de água, algumas passagens importantes deixaram de ser enfatizadas. Posteriormente, e tendo verificado que esta dificuldade estava sendo sentida também por muitos estudantes de engenharia e por profissionais do ramo desejosos de atualizar seus conhecimentos, o autor lançou os alicerces do que viria a ser este livro, agora em sua 6ª edição.

Hidráulica Aplicada às Estações de Tratamento de Água permite ao leitor efetuar uma transição suave entre a hidráulica geral e a hidráulica aplicada ao tratamento de água.

São também apresentadas noções superficiais de química e biologia julgadas importantes para a compreensão dos processos convencionalmente utilizados.

 

 

 

 

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