A Química Analítica é o ramo da Química responsável por desenvolver métodos que permitem a identificação e/ou quantificação de elementos e/ou compostos químicos que estão presentes em uma amostra. Essas análises são divididas em duas categorias: via-úmida (aquelas análises clássicas que são realizadas em bancadas e requer reagentes específicos para sua identificação) e instrumentais (análises que são realizadas a partir de equipamentos específicos).
Quando você pretende apenas identificar quais espécies estão presentes numa amostra, sendo elas atômicas ou moleculares, independente da sua quantidade, você utiliza-se técnicas de Análise Qualitativa para a sua determinação. Por outro lado, caso você já saiba os componentes presentes na sua amostra e apenas deseja determinar a quantidade dessas espécies, você utiliza-se de técnicas de Análise Quantitativa.
Até o início do século XX, a maioria das análises que envolviam separação de compostos químicos eram realizadas por extração, destilação ou por reações de precipitação. Em análises qualitativas, as espécies eram identificadas a partir da sua coloração, odor, pontos de fusão, pontos de ebulição e solubilidade, enquanto em análises quantitativas, os compostos eram quantificados a partir de análises titulométricas e/ou gravimétricas.
Laboratórios
Embora muitos laboratórios ainda empregam essas análises clássicas, as análises instrumentais estão substituindo essas metodologias com o intuito de obter resultados que sejam mais precisos e não sejam tão subjetivos. Por exemplo, em análises titulométricas ácido/básico clássicas, o “ponto final” de uma titulação é quando o indicador utilizado altera-se a sua coloração, significando que o pH da minha amostra foi alterado, porém é uma análise subjetiva, dependendo do analista ou técnico que está realizando a análise você pode ter um resultado final diferente, porque cada ser humano possui a percepção de cores diferente um do outro. Essa subjetividade pode ser corrigida a partir de tituladores automáticos, porque esses equipamentos durante toda a titulação, detecta as variações de pH, sendo assim, ele possui a capacidade de registrar o momento exato que a análise deve ser finalizada, dispensando, inclusive, o uso de indicadores.
Desvantagens
Em contrapartida, há algumas desvantagens em empregar métodos instrumentais, dependendo da situação, o seu uso é bastante limitado, porque esses equipamentos eletrônicos possuem alto custo (compra e manutenção); dependendo da espécie química que você quer identificar ou quantificar ainda não existe um equipamento disponível no mercado; é necessário realizar o processo de validação, que muitas vezes pode ser um processo que demanda muito tempo e muitas análises, e por isso, gera mais custos, principalmente com reagentes específicos. Além disto, em situações raras, alguns métodos convencionais ainda podem apresentar resultados mais precisos.
Abaixo, segue a lista das principais metodologias aplicadas atualmente dentro de laboratórios no geral, conforme o tipo de análise (qualitativa ou quantitativa) e o tipo de espécie (elementar ou molecular).
Análises Qualitativas: Identificação Elementar
- Espectrografia de Emissão Atômica
- Fotometria de Chama
- Fluorescência de Raio X
- Radioquímica
- Análise de Íons (Via-úmida)
Análises Qualitativas: Identificação Molecular
- Espectroscopia de Absorção no Visível
- Espectroscopia de Absorção no Ultravioleta
- Infravermelho
- Ressonância Magnética Nuclear
Análise Quantitativa: Quantificação Elementar
- Espectrografia de Emissão
- Fotometria de Chama
- Análise por Absorção Atômica
- Análise Potenciométrica
- Análise Condutimétrica
- Fluorescência de Raios-X
- Gravimetria
- Volumetria
Análise Quantitativa: Quantificação Molecular
- Métodos Físicos de Análise no Infravermelho
- Métodos Físicos de Análise no Ressonância Magnética Nuclear
- Cromatografia em Fase Líquida
- Cromatografia em Fase Gasosa
- Difração de Raios X
- Análise Termogravimétrica
Para escolher qual a melhor metodologia para ser empregada, deve-se avaliar se a análise requerida será rotineira ou episódica; quais complicações e interferências eu posso ter ao manusear a minha amostra e quais as suas características, se contém: substâncias corrosivas, voláteis, oxidantes, radioativas, entre outras; qual o estado físico que encontra-se a minha amostra; qual a quantidade disponível de amostra; qual é a exatidão exigida para essa análise; avaliar o custo e o tempo; avaliar a sensibilidade e seletividade do equipamento.
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