Lançado no dia 22/09, o relatório inédito, “Justiça Hídrica e Energética nas Favelas: Levantando Dados Evidenciando a Desigualdade e Convocando para Ação”, possui dados inéditos produzidos por 30 jovens e 15 lideranças de 15 favelas em 5 municípios do Grande Rio.
Uma iniciativa da Rede Favela Sustentável e do Painel Unificador das Favelas com colaboração de oito instituições.
Imagem: Rede Favela Sustentável / Painel Unificador das Favelas
No total, 1156 famílias prestaram depoimentos sobre o acesso, qualidade e eficiência da água e luz em suas residências. Os dados apresentados revelam como o racismo ambiental, relacionado às questões hídricas e energéticas, se apresenta no cotidiano dos 15 territórios pesquisados.
Entre tantos dados relevantes, destacam-se que 59,6% das famílias cumprem os requisitos para serem registradas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), um importante instrumento de coleta de dados e informações que objetiva identificar todas as famílias de baixa renda existentes no país para fins de inclusão em programas de assistência social e redistribuição de renda. Mesmo assim, praticamente metade (48.8%) dos que cumprem os requisitos ainda não se registrou.
Tratando-se do acesso à água, foi descoberto que 42,5% dos entrevistados sofreram para fazer a higiene básica durante a pandemia devido à falta de água. Além disso, quase metade (48,2%) dos entrevistados dependem de bombas para ter acesso à água, gerando um custo adicional nas já alarmantes contas de luz. Outra questão bastante destacada foi o problema dos alagamentos, que afetam a vida de mais da metade (51,5%) dos entrevistados. A perspectiva majoritária destes, com mais de 80%, é de que esse problema das enchentes piorou nos últimos dois anos.
Quanto aos dados coletados sobre luz, avaliando-se o peso desta no orçamento familiar, foi descoberto que 56,8% dos entrevistados vivem em situação de pobreza energética em nível moderado a grave. Igualmente preocupante foi a resposta de que quase 70% dos entrevistados gastariam mais com alimentos caso suas contas de luz fossem reduzidas, o que expõe novamente a grave crise de insegurança alimentar que a população vem enfrentando. Sobre os apagões, descobriu-se que 32,2% dos entrevistados sofreram com falta de luz nos últimos três meses e que para 43,4% demora mais de 6 horas para retornar.
Acesse na íntegra o relatório ‘Justiça Hídrica e Energética nas Favelas: Levantando Dados Evidenciando a Desigualdade e Convocando para Ação’: https://bit.ly/3fbyP5y
Este vídeo-social resume alguns dados-chaves frutos da pesquisa. Assista ao vídeo:
Fonte: Rede Favela Sustentável e do Painel Unificador das Favelas
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