Os efeitos negativos das mudanças climáticas são e serão cada vez mais frequentes. Fenômenos como ondas de calor, secas e tempestades têm impactos diretos nos mais diversos setores da sociedade. Buscando estudar como o tema afeta a população e o seu saneamento básico, o Instituto Trata Brasil, em parceria com a Way Carbon, lança o estudo inédito “As Mudanças Climáticas no Setor de Saneamento: Como tempestades, secas e ondas de calor
impactam o consumo de água?”.
Mudanças climáticas devem se acentuar até 2050. Estudo inédito do Trata Brasil mostra como secas, ondas de calor e tempestades podem impactar o abastecimento de água no país:
- Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Rio de Janeiro são os estados com mais risco de terem o seu abastecimento de água afetado por tempestades;
- Rio Grande do Sul e Santa Catarina são os estados com maior risco de contaminação de águas superficiais e impacto no sistema de esgotamento sanitário em tempestades;
- Mato Grosso do Sul e Amazonas apresentam os maiores riscos de seu abastecimento de água ser afetado por ondas de calor;
- Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba possuem o sistema de abastecimento de água mais vulnerável a secas meteorológicas;
Novembro de 2024 – Os efeitos negativos das mudanças climáticas são e serão cada vez mais frequentes. Fenômenos como ondas de calor, secas e tempestades têm impactos diretos nos mais diversos setores da sociedade. Buscando estudar como o tema afeta a população e o seu saneamento básico, o Instituto Trata Brasil, em parceria com a Way Carbon, lança o estudo inédito “As Mudanças Climáticas no Setor de Saneamento: Como tempestades, secas e ondas de calor impactam o consumo de água?”.
As mudanças climáticas representam uma crescente ameaça para o setor de saneamento no Brasil, intensificando desafios já existentes e criando riscos para a operação de sistemas de água e esgoto. Essas variações climáticas não apenas afetam a infraestrutura física das companhias de abastecimento, mas também evidenciam a necessidade de planejamento estratégico baseado em cenários climáticos futuros.
Para a população, estes riscos climáticos intensificam a desigualdade no acesso a serviços de saneamento básico de qualidade, especialmente em áreas urbanas periféricas e rurais, já que enfrentam dificuldades de infraestrutura. Este contexto reforça a necessidade de políticas de adaptação que assegurem o acesso à água e saneamento em cenários climáticos extremos, promovendo a resiliência das comunidades mais afetadas.
QUAIS SÃO OS RISCOS?
O estudo baseia-se nos principais conceitos associados a riscos climáticos, de acordo com o IPCC1. Foram analisados três riscos que estão ligados à oferta de água e tratamento de esgoto para a população: tempestades, ondas de calor e secas.
E como cada um pode afetar o sistema de saneamento básico?
- Tempestades podem colaborar para o aumento de sedimentos nos mananciais e sobrecarregar os sistemas de drenagem e de tratamento de esgoto, provocando alagamentos, rompimento de tubulações e contaminação de fontes de água potável;
- Ondas de calor podem impactar o volume dos corpos d’água, aumentar a contaminação e a demanda por energia, o que pode prejudicar a população. Também aumentam a demanda por água, pressionando os sistemas que, muitas vezes operam no limite de sua capacidade.;
- As secas meteorológicas afetam o abastecimento dos mananciais, reduzindo a disponibilidade de água e levando à necessidade de racionamento, ou ao uso de fontes alternativas, muitas vezes de menor qualidade. Afetam diretamente a população, pois a falta de água limita o acesso aos serviços de saneamento básico e aumenta o risco de transmissão de doenças.
O QUE AS PROJEÇÕES APONTAM PARA O BRASIL ATÉ 2050?
Para a elaboração deste estudo foram escolhidos alguns modelos climáticos. Foi definido para a análise o período de referência (1895-1994), que tem o propósito de entender as condições históricas consideradas normais na região e, a partir desse comportamento climático, descrever como se comporta o cenário histórico recente (1995-2014), já com os efeitos da mudança do clima, e as projeções climáticas para o período de 2030 (2021-2040) e 2050 (2041-2060).
Detalhes do Estudo
Fonte: Instituto Trata Brasil
Leia também: Fórmulas – Água, Efluentes e Processos Industriais