Na manhã desta terça-feira (22) a Petrobras informou por telefone que os detalhes repassados pelo sindicato não procedem. Segundo a estatal, houve um aquecimento de um equipamento durante a parada de manutenção programada. A empresa diz ainda que não houve explosões ou chamas e a única maneira de resfriar o equipamento é com rajadas de água.
Momento em que o incêndio era combatido – Reprodução/Arquivo Pessoal
Um incêndio teria atingido uma torre da Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos, na manhã desta segunda-feira (21). Segundo o Sindicato dos Petroleiros, a estrutura fica em uma unidade de tratamento de água. Este é o segundo incêndio que acontece na Revap em menos de um mês. Ninguém ficou ferido.
O acidente
De acordo com o sindicato, o acidente teria acontecido por volta das 6h e as sirenes teriam sido acionadas pela brigada de incêndio, que controlou as chamas após cerca de duas horas de trabalho. Por questões de segurança, a portaria da refinaria ficou fechada durante o período.
“Normalmente, trabalhadores ficam nas proximidades do local. Eles poderiam ser atingidos facilmente, por sorte o incêndio aconteceu no intervalo da troca de turno”, disse o diretor do sindicato, Reynaldo Santana.
Conforme informou o diretor do sindicato, ainda não é possível apontar uma possível causa para o incêndio, mas a categoria deve acompanhar as investigações.
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Manutenção programada
A Revap passa por parada de manutenção programada, que teve início no dia 25 de setembro. Ainda de acordo com os petroleiros, informações constam de que a refinaria estaria deixando de realizar alguns procedimentos previstos nesta manutenção para acelerar o processo e finalizar o serviço mais rápido. “Isso impacta diretamente na segurança do trabalhor”, reforça Reynaldo Santana.
Uma reunião entre o sindicato e a Revap deve acontecer para discutir a falta de segurança na unidade. A categoria prevê ainda recorrer ao Ministério Público do Trabalho para que seja realizada uma auditoria de emergência em relação às condições de segurança.
Incêndio em tanques da Revap
No último dia 29 de setembro, um incêndio de grandes proporções atingiu um dique de tanque, que armazena produtos utilizados na preparação de asfalto e óleo combustível. O combate às chamas durou aproximadamente seis horas e meia e foi encerrado por volta das 22h.
Devido à ocorrência, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) multou a Revap em quase R$ 200 mil por dano ambiental. O Grupo de de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), ligado ao Ministério Público, também instaurou um inquérito civil para apuração da responsabilidade da Revap por possíveis danos e ilícitos ambientais causados por este incêndio.
Fonte: Meon