Saiba como garantir que os difusores de membranas tenham vida útil longa e eficiência na estação de tratamento de efluentes
A implantação de um sistema de aeração por ar difuso apresenta muitas vantagens. Uma delas é a maior eficiência de transferência de oxigênio para os processos de oxidação de carga orgânica e nitrificação nas estações de tratamento de efluentes. Mas, para garantir a qualidade final no processo e a elevada eficiência é preciso estar atento a escolha correta de difusores de membranas.
Para chegar à tecnologia utilizada hoje, os difusores de membranas vêm sendo aperfeiçoados ao longo dos anos. Eles começaram a ser aplicados em todo mundo no início da década de 60 como meio de transferência de oxigênio para o efluente. Os primeiros difusores de membrana eram difusores tubulares do tipo “sock”, fabricados em tecido sintético trançado, como explica Bruno Dinamarco, gerente de contratos da B&F Dias, maior empresa de sistemas de aeração por ar difuso na América Latina.
O que considerar ao escolher difusores de membranas
Para que as membranas possam atuar com eficiência e garantir a vida útil da estação de tratamento, é preciso atentar para dois cuidados. Veja quais são eles:
1 – Atente à qualidade e vida útil dos difusores de membranas
2 – Desconfie de preços muito baixos de sistemas que utilizem difusores de membranas de qualidade
Nova geração de difusores de membranas
“Estes difusores foram projetados para serem removidos periodicamente do serviço e limpos por uma equipe de manutenção. Por essa razão, eles eram instalados normalmente em tubos de aeração recuperáveis. Contudo, os operadores frequentemente sabiam que os socks se obstruíam facilmente e devido ao custo de energia ser geralmente baixo naquela época, eles geralmente operavam o equipamento com os socks removidos”.
Uma nova geração de difusores de membrana foi colocada no mercado no final da década de 70. Estes usavam um novo tipo de membrana, a elastomérica extrudada, de superfície lisa, que oferecia a possibilidade de incrustação biológica reduzida e melhor desempenho na transferência de oxigênio.
“Embora fosse um avanço, o material de PVC plastificado sofreu mudanças profundas quando em serviço, resultando tanto em deformação física, quanto em desempenho reduzido. Consequentemente, foi constatado que o material tem uma vida útil de operação relativamente curta”, relata Bruno Dinamarco.
Em meados dos anos 80, novos tipos de elastômeros para a membrana baseados na tecnologia do copolímero EPDM se tomaram disponíveis. Estes materiais mostravam-se promissores para a resolução de muitas das deficiências do material de PVC plastificado. Com o passar do tempo, os difusores baseados em EPDM provaram fornecer uma vida operacional muito mais longa. Para a aplicação municipal típica ela estava na faixa de 4 a 6 anos.
Atualmente, fabricantes de primeira linha tem em sua linha além das membranas de EPDM, opções em silicone, poliuretano e borracha nitrílica.