Aiea monitora em tempo real descarte de água contaminada de Fukushima

Relatório da Aiea aponta que impactos para pessoas e meio ambiente são insignificantes.
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Iaea/Petr Pavlicek
Especialistas marinhos da AIEA e cientistas japoneses coletam amostras de água em águas costeiras perto da Central Nuclear de Fukushima Daiichi (arquivo)

Agência Internacional de Energia Atômica quer garantir segurança e transparência do processo, usina nuclear japonesa afetada por tsunami em 2011 despeja no mar água tratada; relatório da Aiea aponta que impactos para pessoas e meio ambiente são insignificantes. 

Especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, acompanham desde quinta-feira o descarte de água tratada da usina nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão.

A Companhia de Energia Elétrica de Tóquio, Tepco, está liderando a operação.

Olhos da comunidade internacional

O diretor-geral da Aiea, Rafael Mariano Grossi, disse que a agência está atuando como “os olhos da comunidade internacional para garantir que a descarga seja realizada conforme planejado, de acordo com os padrões de segurança.”

Ele disse que a Aiea se comprometeu a estar presente “antes, durante e depois” da operação e que isso garantirá mais transparência ao processo.

A análise independente da agência confirmou que a concentração de trítio na água diluída que está sendo descarregada no mar está muito abaixo do limite operacional estabelecido pelo governo japonês.

Como um passo adicional em seu monitoramento, os especialistas da Aiea coletaram esta semana amostras do primeiro lote de água diluída preparada para descarga após o anúncio do governo japonês em 22 de agosto.

Além disso, a Aiea também lançou uma página para fornecer informações ao vivo do Japão sobre a descarga de água. Os dados incluem taxas de fluxo de água, monitoramento de radiação e concentração de trítio após a diluição.

 
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IAEA/Giovanni Verlini
Um tanque de armazenamento de líquido torcido na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi

Histórico

A operação acontece 12 anos depois que um tsunami inundou os reatores da usina, causando uma série de explosões e forçando a evacuação de mais de 60 mil pessoas.

A água contaminada armazenada no local foi tratada para remover a maior parte do conteúdo radioativo, exceto o trítio, que não pode ser removido pelo Sistema Avançado de Processamento Líquido, Alps.

Em 4 de julho deste ano, a Aiea publicou uma análise abrangente sobre a segurança da água tratada. O relatório concluiu que as descargas controladas e graduais da água para o mar terão um impacto radiológico insignificante nas pessoas e no ambiente.

A agência enfatiza que o total de trítio a ser liberado na descarga de água tratada ficará bem abaixo da quantidade desses radionuclídeos produzidos por processos naturais a cada ano, como a interação dos raios cósmicos com gases na alta atmosfera.

Fonte: Nações Unidas – ONU News

 

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