Como saber se é um problema ou faz parte da operação da ETE ?

Na ETE existem apenas 2 problemas, o primeiro é quando a ETE não está operando e isso por si só já é um problema, porque deveria estar. O outro problema é quando ela está operando!

Após quase 10 anos acompanhando operação em ETEs pela Brasil, pude trabalhar ao lado de pessoal de origens, formações escolares e classes sociais distintas. Uma das grandes lições que aprendi com elas foi que na ETE existem apenas 2 problemas, o primeiro é quando a ETE não está operando e isso por si só já é um problema, porque deveria estar. O outro problema é quando ela está operando! Brincadeiras à parte, a operação da ETE é feita por pessoas e tais como elas, há variações de humor, temperamento, cansaço, fadiga, estresses e etc.. ou seja, a operação precisa lidar e gerenciar problemas o tempo todo. Agora como saber se é um problema ou se que faz parte da operação da ETE?

Bem, abaixo seguem algumas dicas de como fazer essa distinção:

1. O mesmo problema ocorre repetidamente por algumas semanas;
2. O volume de hora extra e nível de stress das pessoas está muito acima do típico;
3. A qualidade do efluente final tratado está oscilando muito e com frequência não atende os padrões necessários;
4. Consumo de químicos está acima do típico;

Ao longo do ano é comum ocorrer aumento de produção de determinado produto em função da época do ano, porém isso já faz parte da programação de produção anual, desse modo em determinados períodos do ano a ETE terá maior consumo de químico, maior volume de efluente e questões operacionais, logo esses problemas fazem parte da operação.

Por outro lado, se por exemplo um tanque de equalização vem apresentando dificuldade em suportar picos de vazões, se observar grande picos de cargas orgânica e de sólidos, isso pode representar um problema para a ETE que pode ter sido originado lá na fábrica. Desse modo uma investigação deve ser feita, preferencialmente em conjunto com a equipe de produção, pois pode estar ocorrendo algum problema produtivo pontual, implantação e teste de nova linha ou mesmo necessidade de melhor controle de limpeza de chão de fábrica, este último é o mais frequente. Esse tipo de problema requer ações diversas, porém o início se faz pelo entendimento entre os departamentos.

Além dos tópicos mencionados acima, o curso Operação & controle de ETE também irá abordar as principais técnicas de tratamento, como gerenciar, controlar e ajustar processos da ETE por meio de intervenção de controle de pH, purga de sólidos entre outros.

Por: Henrique Martins Neto

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