Dados da Cetesb mostram que há dois tipos de partículas finas no ar: uma formada por queimadas e outra pela indústria. Ambas concentram níveis recordes no ano
Céu de São Paulo nesta terça-feira (10) (Mauro Garcia/InfoMoney)
O ar da cidade de São Paulo concentra em 2024 o maior nível de poluentes inaláveis em dez anos. Dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) mostram que este ano concentra 73% dos índices mais altos de partículas finas no ar.
Partículas finas e invisíveis surgem de processos do solo e atividade industrial, principalmente, e ficam em suspensão na atmosfera. Mais recentemente, o produto de queimadas piorou a situação.
Os dados, analisados e divulgados pela Folha de S.Paulo, indicam que há duas categorias de poluentes: os de 10 micrômetros, que são predominantemente poluição do solo e da indústria, e os de 2,5 micrômetros, decorrentes das queimadas e mais prejudiciais para a saúde.
2024 apresenta o maior nível dos dois, porém com grande destaque para a poluição de 2,5 micrômetros, considerando o monitoramento da Cetesb entre 2014 e 2024.
Enquanto partículas finas de 10 micrômetros causam irritações e complicações respiratórias, as de 2,5 micrômetros podem prejudicar o pulmão e se espalhar pelo corpo, com risco de infarto no pior dos cenários.
Desde o início da série histórica da companhia, em 1998, os anos que concentraram o maior registro de poluentes de 10 micrômetros foram 2010, 2012 e 2024. Já os anos de maior concentração de 2,5 micrômetros são recentes: 2018, 2020, 2021 e 2024.
Na capital, a estação da Cetesb que fica em Grajaú-Parelheiros registrou o pior índice do ano, seguida pela estação da Marginal Tietê-Remédios.
Já no estado de São Paulo, Ribeirão Preto foi o município com os piores índices para poluentes inaláveis, tanto de 10 quanto de 2,5 micrômetros. Cubatão aparece em segundo lugar para 10 micrômetros e São José do Rio Preto para 2,5 micrômetros.
Fonte: InfoMoney