Cheias no RS – 05.05.2024
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Bacia do Taquari: SGB insere mais estações para acompanhamento da afluência ao Guaíba
Ação facilitará a compreensão da situação pela população e análise dos tomadores de decisão
Porto Alegre (RS) – Com o objetivo de facilitar o monitoramento da cheia na cidade de Porto Alegre, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) incluiu temporariamente no SACE da Bacia do Taquari algumas estações para acompanhamento da afluência ao Guaíba, nos rios: Jacuí, Caí, Sinos, Gravataí e a estação Porto Alegre no próprio Guaíba.
As estações inseridas para acompanhamento do nível no Guaíba foram: Dona Francisca, Rio Pardo, Passo das Canoas Auxiliar (no município de Gravataí), São Leopoldo, Campo Bom e Feliz.
Para Alice Castilho, diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do SGB, a inclusão das estações no SACE do Taquari auxiliarão o acompanhamento da afluência ao Guaíba. “Essa iniciativa facilitará a compreensão da situação pela população e análise dos tomadores de decisão”, informou.
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O SACE é a plataforma desenvolvida pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) para disponibilizar todas as informações geradas no contexto dos Sistemas de Alerta Hidrológico (SAHs). Aqui, são reunidas todas as informações disponíveis para cada bacia hidrográfica, como o monitoramento automático de chuvas e níveis de rios em diversas estações hidrometeorológicas, os links para os mapas de riscos dos municípios e todos os boletins de monitoramento e alertas publicados.
O objetivo dos SAHs consiste no monitoramento e previsão de níveis de rios, gerando e disseminando informações hidrológicas para subsidiar a tomada de decisões por parte da população e dos órgãos relacionadas à mitigação dos impactos de eventos hidrológicos extremos.
Como funciona?
Nas salas de monitoramento da CPRM, as equipes trabalham com dados que são recebidos a cada 1 hora, por transmissores via satélite ou GSM instalados nas estações de monitoramento automáticas. Esses dados são provenientes das estações da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), de responsabilidade da Agência Nacional das Águas, e operada pela CPRM. Tais estações são dotadas de sensores de nível, que medem a variação nos níveis das águas com alta precisão, bem como pluviômetros automáticos, capazes de registrar a quantidade de chuva em intervalos de segundos. Os dados são recebidos, consistidos e processados por meio de modelos hidrológicos elaborados pela equipe da CPRM, e consolidados em forma de boletins de monitoramento, enviados às defesas civis estaduais, municipais, ao CENAD, à ANA, ao CEMADEN, e demais órgãos de interesse. Sempre que há necessidade, são enviados também boletins de alerta hidrológico, com informações adicionais de previsões dos níveis dos rios, de forma que os órgãos atuantes possam se preparar da melhor forma possível para o evento.
Para a operacionalização dos Sistemas, é importante o conhecimento dos impactos associados à variação dos níveis dos rios dentro de cada município, através das chamadas “Cotas de Referência”. No contexto dos SAHs, as cotas de referência associadas às inundações graduais seguem as seguintes definições:
- Cota de Inundação Severa: Cota em que a inundação provoca danos severos ao município
- Cota de Inundação: Cota em que o primeiro dano é observado no município
- Cota de Alerta: Possibilidade elevada de ocorrência de inundação
- Cota de Atenção: Possibilidade moderada de ocorrência de inundação
- Bacia do Rio Caí
- Bacia do Rio Taquari e Porto Alegre
- Bacia do Rio Uruguai
- Bacia do Rio Parnaíba
- Bacia do Rio Amazonas
- Bacia do Rio Paraguai (Pantanal)
- Bacia do Rio Doce
- Bacia do Rio Muriaé
- Bacia do Rio Acre
- Bacia do Rio Madeira
- Bacia do Rio Branco
- Bacia do Rio Xingu
- Bacia do Rio Mundaú
- Bacia do Rio Velhas
- Bacia do Rio Itapecuru
- Bacia do Rio Pomba
- Bacia do Rio São Francisco
Fonte: SGB