O que é o Lodo Ativado?
Em uma estação de tratamento de efluentes com sistema biológico, quem faz todo o serviço são os microrganismos (biomassa) que estão presentes no reator, a equipe humana que gerencia a ETE apenas monitora os parâmetros e garante que os microrganismos tenham todos os seus requisitos atendidos.
A biomassa que faz a degradação da matéria orgânica é chamada de lodo ativado devido a natureza de crescimento e reprodução contínua desses microrganismos. Quando o lodo proveniente do decantador secundário retorna ao reator pela recirculação, a biomassa “faminta” é ativada novamente quando entra em contato com o efluente bruto. Por isso, normalmente o fluxo de recirculação é perto da – ou na – entrada de esgoto.
O floco do lodo ativado é composto por bactérias filamentosas e colônias de bactérias formadoras de floco criando uma matriz de polissacarídeos no qual partículas coloidais podem ser aderidas e protozoários podem se fixar. Estes microrganismos estão presentes na natureza e, quando encontram um local ideal – como um reator de uma ETE -, passam a se proliferar de acordo com as condições de nutrientes, oxigênio, pH, temperatura e outros fatores que determinam a composição do floco biológico.
Cada um dos componentes que formam a estrutura do floco biológico precisam estar em equilíbrio entre si, pois do contrário pode haver descontrole da espécie dominante e causar problemas operacionais. Um caso muito comum é a proliferação excessiva das bactérias filamentosas, causando má sedimentação do lodo e arraste de sólidos no efluente tratado. Porém, a escassez de bactérias filamentosas no lodo também pode causar os mesmos problemas, pois o floco não fica coeso e não tem peso para sedimentar corretamente. Viu só? Tudo é questão de equilíbrio!