Ambiente é o Meio #52: Como as cidades podem se adaptar aos impactos provocados pelas mudanças climáticas?

De acordo com professora da USP, cidades são suscetíveis a impactos mais severos das mudanças climáticas.

De acordo com professora da USP, cidades são suscetíveis a impactos mais severos das mudanças climáticas

Ambiente é o Meio desta semana conversa com a jornalista Gabriela Marques Di Giulio, professora do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública (FSP), integrante do Grupo de Pesquisa Meio Ambiente e Sociedade do Instituto de Estudos Avançados (IEA), pesquisadora permanente do Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Ciências Sociais e Sustentabilidade (NIECSS) e do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Mudanças Climáticas (Incline) da USP. Gabriela fala da relação entre as cidades e as mudanças climáticas.

As cidades, em geral, “são foco de atenção bastante particular quando o tema é mudança climática”, especialmente, porque “elas concentram as áreas mais suscetíveis a enfrentar os impactos mais severos das alterações do clima”, afirma a professora.

No Brasil, onde mais de 80% da população vive em cidades, avalia a professora, o rápido crescimento dos assentamentos urbanos – num processo desordenado, principalmente nas grandes cidades – se torna um importante elemento nas discussões que envolvem mudanças do clima, cidades e eventos extremos. Além disso, os municípios brasileiros “tendem a ser marcados por uma legislação urbanística que é bastante descolada das próprias dinâmicas urbanas, da produção de espaço urbano”, acrescenta.

Para Gabriela, a situação reflete “uma desarticulação de políticas setoriais, sobretudo políticas relacionadas à preservação e qualidade ambiental”, o que dificulta a qualificação mais integrada do espaço urbano e torna o processo de adaptação às mudanças climáticas “muito complexo e lento”. Cita também a segregação socioespacial, outra característica que considera marcante nos grandes centros urbanos.

“Os efeitos das dinâmicas de planejamento, as carências de infraestrutura, o acesso desigual a serviços básicos, à assistência, à supressão de infraestrutura verde, de infraestrutura azul, as condições de vulnerabilidade e as iniquidades sociais”, esclarece a professora, tendem a ser “muito agravados” pelas mudanças climáticas.


Ambiente é o Meio

Produção e Apresentação: Professores Marcelo Marini Pereira de Souza e José Marcelino de Resende Pinto, ambos professores da FFCLRP

Coprodução e Edição: Rádio USP Ribeirão

E-mail: ouvinte@usp.br
Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 107,9; ou Ribeirão Preto FM 107.9, ou pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS .

 

Fonte: Jornal da USP

 

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